13 de agosto de 2012

A questão do dinheiro no apocalipse zumbi

Atendendo ao pedido do @douglaseralldo, que sugeria que falássemos sobre a questão do dinheiro, fiquei pensando em como ficaria essa questão com o apocalipse zumbi e a subsequente destruição da sociedade como conhecemos. A resposta é simples: praticamente voltaríamos para a Idade Média.



O que é o dinheiro?

Dinheiro é uma convenção. Ele surgiu da maneira como conhecemos para padronizar as relações de trocas e para igualar valores ou ao menos aproximá-los. A civilização já desde muito cedo começou a trocar mercadorias que tinha em excesso por mercadorias que não tinha. O dinheiro como notas e moedas são invenções relativamente recentes, pois sal, gado, chocolate, mulheres, imóveis, todos foram usados como moeda de troca em transações. Tanto é que os soldados romanos eram pagos em sal que surgiu a palavra salário. Eles viraram moedas de troca por sua alta procura e acabavam virando um padrão.


O papel moeda apesar de ter surgido na China no século X, surgiu como um padrão no século XVII na Suécia em especial por sua praticidade na coleta de impostos, por exemplo.

E como fica no apocalipse?

Sem governo e sem mercado para regular as transações bancárias e comerciais, o dinheiro vai perder sua função, pois ele vai perder seu valor. É o valor dado à moeda pela economia e pelo mercado que define se ela vale muito ou não. De que adianta você ter milhões em dinheiro, em papel moeda, se não existe um mercado para dar a esse seu dinheiro o valor de troca do qual ele necessita para existir?

Num apocalipse o dinheiro vai ser a primeira coisa a perder o valor e outras ganharão peso de ouro como alimentos, água potável, combustível e armas. Uma comunidade de sobreviventes que conseguir produzir alimentos, por exemplos, usará esse alimento para trocar por coisas que necessite, como armas. Armas estas que também perderão seu valor se ficarem sem munição.

Voltaríamos à prática do escambo, da permuta e por termos que satisfazer as necessidades mais básicas não teríamos condições de produzir cultura, ciência e tecnologia avançadas, por mais que as carcaças das fábricas permaneçam de pé por aí. O número da população vai reduzir com a escassez de comida e de bens primários e veríamos a sociedade como conhecemos sumir para dar lugar à civilização que tínhamos na Idade Média, talvez até pré-histórica, porque os grupos humanos teriam que ser autossuficientes para produzirem tudo de que necessitam.

Dessa maneira, fica um conselho: o dinheiro deve ser sempre um meio, mas nunca um fim para nada na vida. Ele pode perder o valor rápido.

Até mais!

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