Hoje temos na Sessão Zumbi um filme recente do gênero. Vamos falar de Zumbilândia (Zombieland, 2009), obra cinematográfica que ganha pelo humor, pelos efeitos especiais, mas perde no enredo. Mesmo assim, foi alvo de muitas críticas positivas, pelo seu estilo rápido, divertido e despretensioso.
Aposto que se você gosta de zumbis, você assistiu esse filme. Bons atores, bons efeitos especiais e uma trilha sonora muito bacana (principalmente a abertura em câmera lenta, com “For whom the bells tolls”, do Metallica, a todo volume). O enredo fala sobre um nerd (Columbus, interpretado pelo ótimo Jesse Eisenberg, de “A Rede Social”), que sobrevive ao holocausto morto-vivo por meio de uma série de regras que ele segue à risca. Sua solidão e incapacidade de socialização fazem com que ele esteja sempre um passo a frente na sobrevivência. Elaborando diversas regras certeiras, como “viaje com pouca bagagem (travel light)”, “atire/bata duas vezes (double tap)” e “cuidado com os banheiros (beware of bathrooms)”, sua sobrevivência parece garantida.
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Em meio ao caos, ele conhece Talahasse (Woody Harrelson), um maluco “badass” que tem verdadeira paixão por matar zumbis, e Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), duas irmãs fanfarronas que cruzam o caminho deles numa emboscada, mas acabam se juntando à dupla pelo senso de sobrevivência e como forma de evitar a solidão.
Zumbilândia é exata terra de ninguém, onde os morto-vivos, além da habitual fome de carne humana, são rápidos e sedentos. O humor do filme não é nada refinado, mas mesmo assim diverte. Porém, a falta de solidez na história base confunde um pouco. Se as regras são tão importantes, porque eles praticamente ignoram o bom senso na sobrevivência em Zombieland? mas o filme é justamente sobre se desfazer de algumas dessas regras, como o herói conclui em certo ponto.
Se você tem um quê “Hunter” na sua essência, fica ligeiramente incomodado com isso. Porém, a todo momento o filme colabora com algumas cenas memoráveis, como quando eles estão na mansão de Bill Murray (interpretado por ele mesmo), ou quando Talahasse abate incrivelmente dois zumbis num supermercado, e mesmo assim não encontra seus queridos bolinhos “ana maria”.
Ao contrário de outros títulos mais pesados do gênero, Zombieland é leve. Bom pra assistir no domingo chuvoso, e dar boas risadas. As referências são muitas, e lembra mais Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead, 2004) do que outros filmes mais sombrios. Dica: não deixe de xingar quando as irmãs ligam o parque de diversões inteirinho, atraindo todas as hordas zumbis. De resto, aproveite o humor e a maravilhosa trilha sonora, e aguarde por Zombieland 2.
Confira a análise do filme no Rotten Tomatoes.
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