Zumbis raivosos e a corrosão social: “Extermínio” é um clássico

Por Lyra 3 de janeiro de 2012 Editar postagem
Primeiro Sessão Zumbi de 2012! Nem vou pedir desculpas pela ausência absurda desta jornalista que vos escreve porque senão corro risco de apanhar ou ter meu cérebro comido pelo Romero, nosso querido zumbi, então vamos ao que interessa.

Pense em uma Londres deserta e apocalíptica, em macacos raivosos disseminando uma doença misteriosa, militares enlouquecendo e um anti-herói com cara de bobo. “Extermínio” (28 days later – 2002), do cultuado (hoje) diretor Danny Boyle, tem tudo isso. E ainda tem cenas incríveis de tensão, revelando-se um filme único, em meio ao sucesso que obteve com seu formato digital e de baixo orçamento.

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A semelhança com Rick Grimes em The Walking
Dead é mera coincidência

Numa crítica nem tão sutil à exploração e ao lado mais estranho e obscuro do ser humano frente a algumas adversidades, o filme começa com um grupo de ativistas que invade um laboratório e solta alguns animais que estavam sendo objetos de experiências. Um dos macacos está infectado com um misterioso vírus, chamado de “Rage”, que faz com que as pessoas se tornem violentas, raivosas e canibais. Um jovem chamado Jim acorda de um coma em meio a esse cenário, e é salvo por uma química chamada Selena, que sobrevive em meio à Londres devastada. Eles encontram dois outros sobreviventes, Frank e sua filha adolescente Hannah. Os quatro partem em busca de socorro, seguindo um chamado militar transmitido via rádio, e se deparam com um perigo talvez pior do que o dos violentos contaminados.


Esse filme tem algumas cenas surreais, como a de contaminação de Frank, e o zumbi preso na coleira, dentro do forte militar. Mas algumas cenas ficaram realmente marcantes: quando Jim caminha pela Londres devastada, sentimos sua solidão e confusão; quando ele encontra os corpos de seus pais, que cometeram suicídio diante do caos e da situação; quando os quatro sobreviventes adentram um supermercado intacto, cena que apazigua por alguns instantes a tensão e o estado de sítio transmitido pela atmosfera do filme; e finalmente, quando os sobreviventes finais se refugiam e pedem por ajuda através de um meio incomum.


Há ainda um debate sobre o teor “zumbístico” de Extermínio; algumas pessoas alegam que o filme não é de zumbis, afinal, as pessoas não estão mortas, e sim doentes, e não seguem o mesmo estilo dos zumbis americanos, que são lentos e estão em constante estado de degradação física. Os infectados de Extermínio não tem sentimentos nem consciência e são rápidos, sendo mantidos em estado de violência e raiva o tempo todo. Mas come carne, tem comportamento automático/instintivo, cego e violento, e ainda contamina outras pessoas por meio de mordidas/sangue/fluídos? é filme de zumbi sim. E dos bons.


Curiosidades:

  • Na versão para DVD, “Extermínio” tem ainda outros dois finais. Teria um terceiro, mais violento, que não chegou a ser gravado.
  • As gravações pela Londres deserta eram feitas durante uma hora por dia, quando a produção pedia que os guardas esvaziassem as ruas rapidamente.
  • Com orçamento de 5 milhões de libras, o filme angariou 82,7 milhões de dólares em todo o mundo.


Fontes: Wiki, AdoroCinema.
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