
Aposto que se você gosta de zumbis, você assistiu esse filme. Bons atores, bons efeitos especiais e uma trilha sonora muito bacana (principalmente a abertura em câmera lenta, com “For whom the bells tolls”, do Metallica, a todo volume). O enredo fala sobre um nerd (Columbus, interpretado pelo ótimo Jesse Eisenberg, de “A Rede Social”), que sobrevive ao holocausto morto-vivo por meio de uma série de regras que ele segue à risca. Sua solidão e incapacidade de socialização fazem com que ele esteja sempre um passo a frente na sobrevivência. Elaborando diversas regras certeiras, como “viaje com pouca bagagem (travel light)”, “atire/bata duas vezes (double tap)” e “cuidado com os banheiros (beware of bathrooms)”, sua sobrevivência parece garantida.
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Em meio ao caos, ele conhece Talahasse (Woody Harrelson), um maluco “badass” que tem verdadeira paixão por matar zumbis, e Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), duas irmãs fanfarronas que cruzam o caminho deles numa emboscada, mas acabam se juntando à dupla pelo senso de sobrevivência e como forma de evitar a solidão.
Zumbilândia é exata terra de ninguém, onde os morto-vivos, além da habitual fome de carne humana, são rápidos e sedentos. O humor do filme não é nada refinado, mas mesmo assim diverte. Porém, a falta de solidez na história base confunde um pouco. Se as regras são tão importantes, porque eles praticamente ignoram o bom senso na sobrevivência em Zombieland? mas o filme é justamente sobre se desfazer de algumas dessas regras, como o herói conclui em certo ponto.
Se você tem um quê “Hunter” na sua essência, fica ligeiramente incomodado com isso. Porém, a todo momento o filme colabora com algumas cenas memoráveis, como quando eles estão na mansão de Bill Murray (interpretado por ele mesmo), ou quando Talahasse abate incrivelmente dois zumbis num supermercado, e mesmo assim não encontra seus queridos bolinhos “ana maria”.
Ao contrário de outros títulos mais pesados do gênero, Zombieland é leve. Bom pra assistir no domingo chuvoso, e dar boas risadas. As referências são muitas, e lembra mais Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead, 2004) do que outros filmes mais sombrios. Dica: não deixe de xingar quando as irmãs ligam o parque de diversões inteirinho, atraindo todas as hordas zumbis. De resto, aproveite o humor e a maravilhosa trilha sonora, e aguarde por Zombieland 2.


Confira a análise do filme no Rotten Tomatoes.